sexta-feira, 1 de julho de 2011

O ROCK MORREU EM 1994

Tudo acomoda. Tudo acaba. Com o rock não foi diferente. Ele morreu em 1994, junto com o suicídio de Kurt Cobain. "That's All Right (Mama)" do Elvis Presley foi lançada em 1954. Pronto: 1954-1994.
O que aconteceu de realmente novo (no rock) após o Nirvana e o seu "Nevermind"? Os nomes famosos do rock - como U2 ou Metallica - tornaram-se grandes corporações, com shows grandiosos, verdadeiros eventos para membros de uma classe média que podem pagar os caros ingressos (um exemplo: o preço do estacionamento no show do Morumbi estava em 140 reais), que não são necessariamente os fãs do grupo, daqueles que conhecem os álbuns e as músicas.
Trata-se de "um público de eventos", que pouca importa com a atração, desde que ele participe do show, veja e seja visto!?! No Brasil, pode ser um festival de música sertaneja, axé, pagode ou rock. Tanto faz. Existe a tal "compra no escuro", ou seja, compra um ingresso para um show sem saber quem será a atração. Como pode? A banda , que seria o motivo do evento, tornou-se secundária.
Como isso seria possível? Existe uma "superficialização" excessiva de tudo, as pessoas não se dão conta das diferenças mínimas quanto aos estilos musicais. Não conhecem profundamente coisa alguma e mudam conforme o anúncio da nova moda.
Aqui no Brasil, é aquele público que vibrou com o rock do RPM, depois cantou com Chitãozinho e Xororó, sambou com Só Prá Contrariar e beijou ao som de Chiclete com Banana. O Rock in Rio 2011 é uma demonstração disso, com atrações como Ivete Sangalo, Cláudia Leitte, Milton Nascimento e Shakira. Daí, surge a questão: o que aconteceu com o rock? É simples: ele morreu em 1994.