sexta-feira, 13 de julho de 2012

DAZED AND CONFUSED

Algumas pessoas acreditam que "descobriram a América" ao fazer comparações das músicas do Led Zeppelin com antigas canções de blues.


O caso mais famoso foi o de "Whole Lotta Love". Posteriormente, Robert Plant reconheceu o plágio nas letras e o nome de Willie Dixion passou a constar nos créditos da música.


Escrevi um texto, uma vez, no qual tratava das limitações do letrista Plant diante da genialidade  musical de Jimmy Page.


Mas... e "Dazed and Confused"? Escrevi que esse poderia ser plágio de Page na medida em que o guitarrista do Led Zeppelin sempre admitiu que não escrevia letras para as músicas.


Apesar disto, nunca houve processo contra Jimmy Page. Somente em 2010, décadas depois, Jake Holmes tentou processar Page. Contudo, havia certas contradições no processo.


Primeiro, comparando o que seriam as duas versões, no website TMZ*, é dito: "os versos são diferentes". Ou seja, exatamente na parte que Jimmy Page poderia plagiar, ele foi original.


Segundo, Page sempre teve uma dedicação especial para essa canção. Se, em 1969, ela tinha pouco mais de 6 minutos, na sua versão ao vivo de 1973 - que aparece no filme "The Song Remains The Same" - ela chega a quase meia hora, ocupando um lado inteiro de um dos dois LPs lançados em 1976.


Terceiro, se era cópia, por que esperar mais de 40 anos para processar o guitarrista do Zeppelin? A pergunta e "a resposta" aparecem no mesmo website:


"o advogado de Jake Holmes não quis comentar." ("His attorney had no comment.")*


Sim, é inacreditável. Portanto, para buscar "a verdadeira" autoria de "Dazed and Confused", o susposto músico terá que apresentar um argumentação melhor. Enquanto isso, vale o que sempre existiu: a música e a letra são de um único autor: James Patrick Page.

* http://www.tmz.com/2010/06/29/led-zeppelin-dazed-and-confused-jimmy-page-lawsuit-jake-holmes/

ARCADIA & THE POWER STATION

  • Quando o assunto é "pop music", a maioria liga "a luz do preconceito". É razoável, admito.
  • Entretanto, na década de 1980, no auge de sua popularidade, os músicos do Duran Duran criaram dois projetos diferentes. Andy e John Taylor, com os músicos do Chic e com Robert Palmer, fizeram muito sucesso com "The Power Station". Fizeram e lançaram vídeos, mas o destaque foi a tour, com um show no Live Aid em 1985 (Michael Des Barres assumiria os vocais). O segundo álbum do grupo, "Living in Fear", sem o baixo de John Taylor mas com a volta de Robert Palmer não fez sucesso. Trata-se de um bom CD, mas que não agrada de imediato.
  • O outro projeto do Duran ficou por conta do Nick Rhodes, Simon Le Bon e Roger Taylor. O álbum "So Red The Rose" conta com várias participações especiais, como Sting, Grace Jones e David Gilmour. Não é um som pesado como o do Power Station, se for para rotular, estaria mais na linha do chamado "progressivo". É ótimo. A sonoridade é fantástica e fica clara a liderança de Nick Rhodes. Não houve tour. Os vídeos, porém, foram extremamente sofisticados e fizeram sucesso na MTV e foram lançado no formato VHS.
  • Após os projetos, os músicos do Duran se reuniram para o que seria o próximo álbum da banda, "Notorious". O quinteto tornou-se trio com as ausências de Roger e Andy Taylor. Essa tour passou pelo Brasil em janeiro de 1988. Eu vi o show do Rio. Maravilhoso. Além dos sucessos do Duran, tive o prazer de ver os músicos tocaram uma música tanto do Arcadia como do Power Station. Como Duran Duran, foram lançados outros álbuns, mas o auge seria mesmo o ano de 1985.