Eu era radical e não podia nem ouvir falar de “pop music”. Fui assim até ouvir o Power Station. Era um grupo formado pelo vocalista Robert Palmer e os músicos da banda pop mais famosa em 1985 – Duran Duran – e outros da “dance music” do final dos anos 1970 – Chic. Em resumo, o som tinha tudo para ser superficial e dar errado. Entretanto, o primeiro álbum era “pesado” e com estilo próprio. Fizeram algo diferente dos seus grupos originais.
Vi no Rio o show dos B-52’s com a participação da Tyna Weymouth e Chris
Frantz (Talking Heads e Tom Tom Club). O preconceito que eu tinha
contra o que não fosse “rock pesado” acabaria naquele momento. Desde
então, claro, ouvi e me diverti bastante com o som de Duran Duran,
Arcadia, Talking Heads...
Contudo, não podia ser qualquer coisa que levava o nome “pop” que poderia ser aceita.
Estabeleci um limite: deveriam ser músicos. Parece óbvio, mas o que eu queria dizer era que não aceitava o estilo “boy band”, ou seja, alguns adolescentes dublando e dançando no palco para que as meninas de 12 anos pudessem liberar os seus gritinhos.
A lista desse tipo de grupo é longa, mas quase todo mundo lembra de nomes como Menudo, Take That, New Kids on the Block, Backstreet Boys, entre outros. Parece que a última “pérola” neste contexto veio com One Direction.
Não dá para engolir.
O pior é ver verdadeiros músicos – como os dos Rolling Stones – passarem por situações constrangedoras exatamente por se envolver em shows ao vivo com meninos de “boy bands”.
Foi o que aconteceu em Toronto quando os Stones aceitaram a participação de Justin Timberlake do 'N Sync para cantar a música “Miss You”. Foi um desastre, com vaias e objetos jogados no palco da “maior banda de rock do mundo”.
Sem aprender a lição, Ron Wood aceitou tocar com a One Direction (ver foto) num programa de talentos chamado “X-Factor”. A justificativa do guitarrista dos Stones ainda foi pior:
“Eu acho que consegui 500.000 novos seguidores no Twitter numa única noite!”*
Querer ser moderno e parecer jovem podem ser coisas normais. Deveriam existir, porém, limites para certas situações.
© profelipe ™
Contudo, não podia ser qualquer coisa que levava o nome “pop” que poderia ser aceita.
Estabeleci um limite: deveriam ser músicos. Parece óbvio, mas o que eu queria dizer era que não aceitava o estilo “boy band”, ou seja, alguns adolescentes dublando e dançando no palco para que as meninas de 12 anos pudessem liberar os seus gritinhos.
A lista desse tipo de grupo é longa, mas quase todo mundo lembra de nomes como Menudo, Take That, New Kids on the Block, Backstreet Boys, entre outros. Parece que a última “pérola” neste contexto veio com One Direction.
Não dá para engolir.
O pior é ver verdadeiros músicos – como os dos Rolling Stones – passarem por situações constrangedoras exatamente por se envolver em shows ao vivo com meninos de “boy bands”.
Foi o que aconteceu em Toronto quando os Stones aceitaram a participação de Justin Timberlake do 'N Sync para cantar a música “Miss You”. Foi um desastre, com vaias e objetos jogados no palco da “maior banda de rock do mundo”.
Sem aprender a lição, Ron Wood aceitou tocar com a One Direction (ver foto) num programa de talentos chamado “X-Factor”. A justificativa do guitarrista dos Stones ainda foi pior:
“Eu acho que consegui 500.000 novos seguidores no Twitter numa única noite!”*
Querer ser moderno e parecer jovem podem ser coisas normais. Deveriam existir, porém, limites para certas situações.
© profelipe ™