Existem bandas, porém, que levam a sério a tal apologia ao "psicokiller".
Charles Manson cometeu assassinatos com sua "family" e foi condenado a morte (depois ficou mesmo com a prisão perpétua).
Apesar das atrocidades que cometeu, tentaram transformá-lo no ícone da cultura pop. Basta lembrar o nome do grupo Marilyn Manson (Marilyn Monroe + Charles Manson).
Outro exemplo seria a cover de "Look At Your Game Girl" (sim, Manson era compositor) que aparece no álbum "The Spaghetti Incident?" (Guns n Roses). Ela vem "disfarçada" numa música lenta, mas os versos que aparecem não enganam:
"Que desilusão maluca
Vivendo nesta confusão
Frustração e dúvida
Você pode viver sem o jogo?"
E no final da música o Axl Rose ainda agradece ao Charles Manson:
"Pare de tentar
Esse jogo
Triste, triste jogo
Louco jogo
Triste jogo
Obrigado Chas"
O reacionarismo de Axl Rose não seria novidade (o símbolo do nazismo é tatuado no rosto de Charles Manson, isso sem falar de suas teorias sobre uma "apocalyptic race war"), bastaria lembrar outra música "lenta" do Guns n Roses ("One In a Million") em que ele afirma:
"Policiais e crioulos, está certo
Saiam do meu caminho
(...) Imigrantes e bichas
Não fazem sentido para mim"
As belas embalagens (camisetas com desenhos ou fotos dos ídolos, músicas "harmônicas e lentas") disfarçam um conteúdo perigoso, no qual destacam-se elogios ao racismo e ao machismo, bases fundamentais para uma sociedade totalitária.
© profelipe ™ 15-04-2015