domingo, 1 de junho de 2014

OBVIEDADES SOBRE O LED ZEPPELIN

Apesar de serem músicos talentosos, dificilmente o Led Zeppelin passaria despercebido no universo do rock n roll. Jimmy Page e John Page Jones eram músicos de estúdios, que prestaram serviços para diversas bandas de rock nos anos 1960, como The Rolling Stones e The Who, entre outros.

Robert Plant e John Bonham não eram famosos e eram bastante jovens. Jimmy Page, criador e líder incontestável do Led Zeppelin, no início, não sabia qual linha musical seguir: algo mais “folk” ou alguma coisa mais pesada. Quando Page ouviu John Bonham pela primeira vez, claro, estaria definido o som do grupo.

A ideia de formar a banda vinha de uma necessidade prática: Jimmy Page era guitarrista no Yardbirds e os outros músicos desistiram da banda e ainda faltavam shows a cumprir na Escandinávia.

Page e o empresário do Yardbirds decidiram convocar os novos músicos para cumprir o contrato.

Os primeiros shows, com a formação do Led Zeppelin, foram, assim, sob o nome New Yardbirds. O grupo teria que se apresentar com outro nome só mais uma vez e foi na Alemanha, no início da carreira porque uma senhora da tradicional família associada ao Zeppelin não admitia o uso do nome em shows no país. Com o sucesso, isso deixou de ser problema.

Jimmy Page e Peter Grant sabiam exatamente o que queriam para o Led Zeppelin. O lugar da banda tinha que ser os Estados Unidos e não a Inglaterra. Sabiam que tinham que trabalhar muito para construir uma identidade para o grupo.

Foram nove “tours” (excursões) pelos Estados Unidos entre 1968 e 1973.

Jimmy Page já era famoso antes do Led Zeppelin. Isso e a experiência do empresário Peter Grant garantiram um excelente contrato com a gravadora Atlantic.

Se na primeira “tour”, a banda passou um pouco despercebida em alguns lugares, depois da segunda excursão, não havia dúvida, todos sabiam da fama do Led Zeppelin.

Para tanto, do ponto de vista empresarial, Peter Grant adotou alugmas estratégias: o grupo não apareceria na televisão (que tinha um som péssimo na década de 1970), não seriam lançados compactos (quem quisesse, teria que comprar os álbuns), fretou um avião (“The Starship”) que daria mais liberdade para o grupo nos Estados Unidos, todos deveriam evitar a imprensa e os músicos eram intocáveis (mesmo considerando as confusões envolvendo coisas como magia negra, violência, mortes, sadomasoquismo, garotas menores de idade e orgias).

O segundo álbum do Led Zeppelin foi gravado na estrada, o que significaria que, ali, seria sistematizada a imagem da banda: som pesado, letras sexuais e “blues”.

O disco mais as lendas em torno das histórias de bastidores do grupo não deixavam dúvida: nascia um mito.

O contexto histórico era a favor ao Led Zeppelin, afinal, acabara fase “paz e amor” dos anos sessenta e a nova década “pedia” novos estilos para uma nova juventude.

Não tinha como errar. E não houve erro. Led Zeppelin e década de 1970, em termos de rock n roll, tornaram-se sinônimos.