Quando ainda fazia faculdade, eu era bem radical em termos de gostos musicais: adorava som pesado e odiava “pop music”. Isso foi até um amigo, na lanchonete da universidade, elogiar o Power Station. Ele também era fã do Led Zeppelin e eu disse que ele tinha ficado louco porque os músicos do Duran Duran representavam a metade do Power Station. Ele insistiu: “cara, eu sei, mas essa banda é boa e pesada.”
Resolvi ouvir e gostei
e comecei a deixar o preconceito musical de lado. Publiquei um anúncio numa
revista chamada “Som Três” e escrevi que queria ter contato com pessoas que
gostassem de determinados grupos, entre eles o Power Station. Para a minha
surpresa, recebi diversas cartas com fotos de garotas fãs do Duran Duran. Elas eram as duranies.
Adorei, claro, afinal,
algumas eram muito bonitas. Na época, me encontrei com elas principalmente em
São Paulo. Fique com algumas e até cheguei a namorar uma delas. Quando o Duran
veio ao Brasil em 1988, eu já sabia
tudo sobre a banda (fui ao show no Rio) e foi um momento especial para todos.
Em resumo, muitos não
entendem como que alguém que é fanático pelo Led Zeppelin pode ouvir uma música
tão simples e “pop” como a do Duran. No
meu caso, esse foi um dos motivos.
Um
detalhe: o baterista do Power Station chamava-se Tony
Thompson. Quando os músicos do Led
Zeppelin decidiram se reunir pela
primeira vez após o fim do grupo (no projeto Live Aid em 1985) escolheram o Tony Thompson para ser o baterista. O Phil Collins participou
também mas porque, por algum motivo, ele queria participar de vários shows do
evento tanto nos Estados Unidos como na Inglaterra. O cara mesmo era o Tony Thompson, tanto é verdade que os
músicos do Led Zeppelin ensaiaram com ele para uma possível volta do grupo. O
projeto foi interrompido após um acidente sofrido por Tony Thompson.