quarta-feira, 21 de maio de 2014

LED ZEPPELIN: SÍMBOLO DA DÉCADA DE 1970



Não existe dúvida quanto ao Led Zeppelin ser o símbolo da década de 1970. O grupo representava o oposto da geração “Paz & Amor” dos anos 1960.
Em sua trajetória, a banda esteve envolvida com violência (a maior parte envolvia o baterista John Bonham), sexo com as fãs (uma das namoradas do guitarrista Jimmy Page, na época, tinha só 13 anos de idade), misticismo (magia negra) e a condução dos negócios lembrava o autoritarismo da máfia (não foi por acaso, aliás, que foi dessa maneira que o empresário Peter Grant quis ser retratado no filme oficial “The Song Remains The Same”.
O filme “Laranja Mecânica” gerou bastante polêmica nos anos 1970. O motivo seria “o elogio” da ultraviolência do personagem principal, Alex, interpretado pelo ator Malcolm McDowell no filme do Stanley Kubrick. John Bonham se identificou tanto com o personagem que mandou fazer uma roupa idêntica a do filme e a usava nos shows do Led Zeppelin.
A identificação com o nazismo também chamava a atenção. Jimmy Page, em vários shows, fazia questão de se vestir como um oficial do “Reich”.
O nome do grupo, porém, em nada tinha a ver com essas problemáticas. Tratou-se de uma sugestão do baterista Keith Moon, que gostaria de formar um grupo que fosse, ao mesmo tempo, “pesado e capaz de voar”. O guitarrista desse grupo (imaginado por Moon) seria o Jimmy Page.
As letras das músicas do Led Zeppelin não apresentavam elogios à violência. Ao contrário, canções como “Going To California” ainda retratavam o período de “Paz & Amor”:
“Decidi fazer um novo começo,
Indo para a Califórnia com uma dor no meu coração.
Alguém me disse que há uma garota por lá
Com amor em seus olhos e flores em seu cabelo”
*
Já o misticismo aparecia constantemente nas letras do grupo (e mesmo nos símbolos dos músicos, nas fotos dos álbuns e no roteiro do filme “The Song Remains The Same”). Não seria possível dissociar o grupo dos boatos de magia negra, o que era reforçado por algumas letras ambíguas.
Talvez o livro que mais reforce o que foi Led Zeppelin na década de 1970 tenha sido “Hammer of Gods”. A fonte principal das informações foi Richard Cole, braço direito do empresário Peter Grant. Deve ter ocorrido exagero numa história ou em outra, mas, claro, mesmo isso só reforçaria o mito que foi criado em torno da banda e de sua trajetória os anos 1970.


(*) Tradução em : http://letras.mus.br/led-zeppelin/80017/traducao.html