Paul Rodgers foi
vocalista do Free (década de 1960) e do Bad Company (anos 1970). Essa última
banda foi uma das contratações da Swan Song, criada pelo Led Zeppelin e por seu
empresário Peter Grant.
Houve uma época que o
Zeppelin estava sem fazer shows e o Jimmy Page e o Robert Plant participaram de
alguns shows do Bad Company. Na década de 1980, eu tive uma cópia de um pirata
do grupo de Paul Rodgers nos anos 1970. No final, Jimmy Page participava tocando
na música “Rock Me Baby”. Inacreditável!!! Era óbvia e maravilhosa a sonoridade
da guitarra de Page (o que, claro, compensava todo o pirata do Bad Company).
Na época, troquei esse e mais duas cópias de outros piratas com uma garota dos
Estados Unidos. Em troca, ela enviou todas as letras do Led Zeppelin escritas a
mão.
Jimmy Page, em 1980,
com a perda de John Bonham e o fim do Led Zeppelin, entrou de vez no mundo das
drogas. Ficou um bom tempo sem tocar guitarra.
Ao vivo, Page voltaria
a tocar nos shows da ARMS, com Jeff Beck e Eric Clapton. O guitarrista do Led
Zeppelin encerrava o show com uma versão acústica (e fantástica) de Stairway To
Heaven (só guitarra, sem vocais). Foi neste período que tocou novamente com Paul
Rodgers e resolveram criar uma banda, The Firm, que gravou dois álbuns na
década de 1980.
Parece que quando Paul
Rodgers fez um show solo no Brasil, ele não tocou músicas do The Firm. Pouca
Importa. Nos shows da carreira solo de Jimmy Page, ele tocava músicas de todas
as suas fases como Yardbirds, Led Zeppelin e, claro, The Firm.
Paul Rodgers voltou a
ser notícia quando ocupou o lugar (se é que isso seria possível) do Freddy
Mercury no Queen. Gravaram CD inédito e fizeram shows sob o nome de “Queen +
Paul Rodgers” (na verdade, o baixista John Deacon não entrou nesta furada).
Jimmy Page, uma vez,
chegou a afirmar que, em termos técnicos, o Paul Rodgers era melhor do que o
Robert Plant. Talvez. Mas falta ao vocalista do Bad Company aquilo que sobraria
no vocalista do Led Zeppelin: carisma (e isso conta muito no universo do rock n’
roll).