sábado, 28 de maio de 2011

JIMMY PAGE & KEITH RICHARDS

A minha banda de rock preferida é o Led Zeppelin. Todos os álbuns são perfeitos. Encerraram a carreira no auge e pronto. As apresentações que ocorreram com os membros juntos - como no casamento de Jason Bonham, no Live Aid ou no show da Atlantic Records -, eles recusaram o uso do nome da banda. Somente em 2007, numa homenagem especial, eles usaram o nome do grupo e tocaram uma hora e meia. Foi o evento do ano na Inglaterra. Mick Jagger estava lá, para conferir o show.
Na década de 1970, havia uma rivalidade entre as bandas. No entanto, de fato, o Jimmy Page participou, como convidado, de alguns discos dos Rolling Stones, tanto nos anos 1960 como nos anos 1980. Ele tem a admiração de Keith Richards.
Felizmente, eu tive a oportunidade de ver os dois guitarristas tocarem ao vivo. Vi o Jimmy Page duas vezes e o Keith Richards cinco, todas aqui no Brasil. Em relação aos Rolling Stones, em 2006, eu havia comprado os ingressos para ver o show deles em Frankfurt, mas não foi possível fazer a viagem.
Não vi o Led Zeppelin, nem o Yardbirds, nem The Firm. Nunca vi o John Paul Jones tocar ao vivo - adoro o seu disco "Zooma", a música "Drum n' Bass" é perfeita.
Quanto aos Stones, a primeira vez foi inesquecível: em São Paulo, caía um chuva muito forte e fiquei com medo do show ser cancelado. O Barão Vermelho, que abriu o show, tentou, mas não deu para tocar debaixo de daquela chuva, por causa dos choques elétricos dos instrumentos - coisa que não aconteceria com os Stones.
Era a "Voodoo Lounge Tour". Apesar da chuva, a banda entrou no horário e os músicos tocaram normalmente, Mick Jagger, com um chapéu, cantando, dançando e animando o público como se fosse um dia de sol.
Foi muito profissionalismo, o que se confirmaria nos outros shows que vi deles. Lembro-me, além das músicas, da cobra gigante sobre o palco jorrando fogo e o final com a festa de fogos de artifício - coisa que não aconteceu no show de Copacabana em 2006.
O melhor show que vi deles foi na "Bridges To Babylon Tour", na Praça da Apoteose, no Rio de Janeiro. Bob Dylan abriu para os Stones e cantou junto com eles "Like a Rolling Stone". Fiquei na pista, na primeira fila. Perfeito. Uma imagem que marcou foi o início, com todas as luzes apagadas e somente o Keith Richards entrou no palco e tocou os acordes iniciais de "Satisfaction". A Apoteose veio "abaixo", claro... Quando ele foi cantar no lugar do Mick Jagger, como sempre acontece, teve que esperar um pouco, pois o público, para recepcioná-lo, não parava de gritar "tô maluco!" Tratava-se de uma referência clara ao passado de drogas do guitarrista.
Enfim, utilizando as palavras da banda: "time waits for no one". Foi bom ter vivido esses momentos. "Life can be cool sometimes..."