domingo, 29 de maio de 2011

POP MUSIC: BEATLES & DURAN DURAN

1985 foi um bom ano. Em janeiro, vi, pela primeira vez, grandes bandas internacionais no Rock in Rio. Houve o Live Aid. Era a época da MTV, um canal que existia em função da música. O Duran Duran foi o grupo que mais representou este período.


Na década de 1980, houve uma "duran mania" assim como antes, nos anos 1960, tinha ocorrido a "beatlemania". Existiram diferenças. No caso dos Beatles, havia uma clara irritação com a histeria das fãs, sobretudo nos shows, quando simplesmente não era possível ouvir os músicos por causa dos constantes gritos e da infra-estrutura de som inadequada para o rock nos ginásios.


Vinte anos depois, isso não seria problema. A histeria das fãs era bem aceita tanto nos ginásios e estádios como fora deles. A produção dos vídeos e das fotos era levada tão a sério como a criação da música.

Foi no final desta década (anos 1980), inclusive, quando vi o show do Paul McCartney no Maracanã, na primeira vez que ele tocou no Brasil. O que mais gostei foram as músicas do álbum "Stg. Pepper's Lonely Hearts Club Band"

No que diz respeito ao Duran Duran, vi o grupo em 1988, também no Rio, na Praça da Apoteose ("Notorious Tour"). A banda ainda estava no auge e o show foi inesquecível.

Como todo supergrupo, os músicos do Duran Duran tiveram problemas com tanto sucesso e dinheiro.  A solução foi dividir provisoriamente o grupo em dois projetos: Power Station (o baixista John Taylor e o guitarrista Andy Taylor) e Arcadia (o tecladista Nick Rhodes, o vocalista Simon Le Bon e o baterista Roger Taylor). Os respectivos álbuns venderam bastante. O Arcadia produziu belos (e caros) vídeos para as músicas do disco, com destaque para a faixa "Election Day". O Power Station, com um som mais pesado, preferiu os shows. No episódio do Live Aid, John e Andy Taylor tocaram duas vezes: com o Duran e com o Power Station.


No álbum seguinte, "Notorious", o Duran tornou-se um trio, com as saídas de Andy e Roger Taylor. A banda havia sido criada por John e Nick Rhodes. Portanto, a sonoridade pop continuaria e o sucesso também (exceto em alguns CDs, como os fracos "Liberty" e "Pop Trash").