domingo, 29 de maio de 2011

SHOWS DE ROCK

Aqui no Brasil, para se ver o show de uma grande banda de rock, normalmente você tem que ir num estádio. Foi assim que vi, por exemplo, The Rolling Stones, U2 ("Pop Mart Tour") e AC/DC. É difícil assistir ao show de um grupo assim num lugar pequeno. No caso do U2, tive a oportunidade de vê-los num ginásio em Paris - experiência bem mais interessante que o show no Morumbi.




Bandas consideradas "independentes" podem vir ao país e tocar em casas de espetáculos, não em estádios. Nesta categoria, vi, por exemplo, Cocteau Twins (SP), The Sisters of The Mercy (SP e Rio) e Jesus and Mary Chain (Rio). Fora do Brasil, vi um show do Depeche Mode em Frankfurt. Vendo por esse lado, o estádio não parece ser um lugar adequado para um show (mesmo sabendo que em alguns casos, não existiria outra alternativa).


O festival podem ser uma oportunidade para ver os grupos "alternativos". Vi Sonic Youth em São Paulo (o show não foi lá essas coisas...). No mesmo festival, um show que valeu a pena: Nine Inch Nails. Assistir B-52's ao vivo com a participação de Tina Weymouth e Chris Frantz do Talking Heads foi uma das melhores experiências que tive. No Rio, em outro festival, vi Jesus Jones. Na época, gostei do show. Mas o fim da banda não me incomodou. Ver, em Sampa, The 69 Eyes foi uma boa experiência, pena que foi durante o dia e o sol estava muito quente (algo incompatível com o estilo do grupo). Tristania, em 2008, também pareceu estar no local errado e ser escalada num horário inadequado. Isso, claro, afeta a qualidade do show.


Um problema do festival é a quantidade de bandas. Isso acontece não só porque quantidade não representa necessariamente qualidade. Outra coisa é que você vê tanto grupo que depois esquece do que viu. Neste sentido, eu vi e não lembro uma música de shows como Ugly Kid Joe, Joe Cocker (infelizmente...), Santana (idem...), No Doubt, Terence Trent D'Arby e Information Society (ainda bem...).


Um dos melhores festivais foi o Hollywood Rock de 1993. As bandas eram Nirvana, Alice in Chains, Red Hot Chili Peppers e L7. Precisaria mais? O show mais "interessante" que vi (não encontro outro adjetivo) foi o do Happy Mondays no Maracanã (praticamente vazio), debaixo de um temporal, as duas da manhã, no Rock in Rio II, depois do A-Ha e do Paulo Ricardo. Entre os primeiros a se apresentar naquele sábado, estavam Debbie Gibson (depois deixou de ser famosa e posou para a Playboy americana...) e Information Society (um grupo que tocou, inclusive, em Uberlândia... assim como o A-Ha). Em 1991, o Happy Mondays era a principal banda da cena "alternativa" inglesa. Eu sabia da importância dos caras pois lia bastante os jornais Melody Maker e New Musical Express. Infelizmente, naquele noite, não havia muita gente assim no Maracanã.