sexta-feira, 14 de novembro de 2014

DEPECHE MODE NA ALEMANHA

A “Touring The Angel” do Depeche Mode não viria ao Brasil. Decidimos (então) ver o show na Europa. A melhor data seria no dia 26 de janeiro de 2006 em Frankfurt. Já tínhamos ido na Alemanha duas vezes e sabíamos que neste período, além do frio, havia neve.
Descobrimos, no hotel em Frankfurt, que os ingressos estavam esgotados. Havia mais de três meses (fomos informados). Fomos lá por causa do show e, assim, teríamos que dar um jeito.
No táxi, indo para Festhalle, conversando com o motorista, fomos avisados que era um pouco perigoso (e pouco comum) negociar com cambistas na Alemanha.
Fomos assim mesmo e na bilheteria a funcionária disse o que sabíamos: não havia ingressos. Não resolveu falar que saímos do Brasil só para ver o show em Frankfurt.
Começava a nevar. As pessoas, com ingressos, entravam em Festhalle. Havia uma faixa enorme avisando do perigo de comprar ingressos dos cambistas. Contudo, não havia outra alternativa. Sob neve e numa mistura de alemão e inglês, houve a tal negociação ali mesmo, na porta da casa de shows. O preço original era 59,50 euros. Não houve conversa. Queríamos dois ingressos e o total saiu por 300 euros.
O problema persistia por causa das várias recomendações quanto aos cambistas. Se os ingressos fossem falsos, num país estrangeiro, além de sermos barrados, não sabíamos se existiriam outras penalidades.
No final, deu certo. Entramos. Ficamos na pista (perto do palco). O show foi ótimo.
Não imaginava, pelo estilo de música da banda, que haveria tantos homens (heterossexuais) no show. Pensava que seria um público mais ao estilo do Pet Shop Boys ou do Erasure (shows que vi aqui no Brasil). Estava enganado. Pelo que percebi, grupos como Depeche Mode, The Cure e The Sisters of Mercy são muito respeitados na Alemanha.
O show não foi tão bom como o que vi do U2 em Paris em 2001 (“Elevation Tour” que também não passou pelo Brasil), mas foi divertido. Foi uma boa experiência.