A “Touring The Angel” do Depeche Mode não viria ao Brasil. Decidimos
(então) ver o show na Europa. A melhor data seria no dia 26 de janeiro
de 2006 em Frankfurt. Já tínhamos ido na Alemanha duas vezes e sabíamos
que neste período, além do frio, havia neve.
Descobrimos, no
hotel em Frankfurt, que os ingressos estavam esgotados. Havia mais de
três meses (fomos informados). Fomos lá por causa do show e, assim,
teríamos que dar um jeito.
No
táxi, indo para Festhalle, conversando com o motorista, fomos avisados
que era um pouco perigoso (e pouco comum) negociar com cambistas na
Alemanha.
Fomos assim mesmo e na bilheteria a funcionária disse o
que sabíamos: não havia ingressos. Não resolveu falar que saímos do
Brasil só para ver o show em Frankfurt.
Começava a nevar. As
pessoas, com ingressos, entravam em Festhalle. Havia uma faixa enorme
avisando do perigo de comprar ingressos dos cambistas. Contudo, não
havia outra alternativa. Sob neve e numa mistura de alemão e inglês,
houve a tal negociação ali mesmo, na porta da casa de shows. O preço
original era 59,50 euros. Não houve conversa. Queríamos dois ingressos e
o total saiu por 300 euros.
O problema persistia por causa das
várias recomendações quanto aos cambistas. Se os ingressos fossem
falsos, num país estrangeiro, além de sermos barrados, não sabíamos se
existiriam outras penalidades.
No final, deu certo. Entramos. Ficamos na pista (perto do palco). O show foi ótimo.
Não imaginava, pelo estilo de música da banda, que haveria tantos
homens (heterossexuais) no show. Pensava que seria um público mais ao
estilo do Pet Shop Boys ou do Erasure (shows que vi aqui no Brasil).
Estava enganado. Pelo que percebi, grupos como Depeche Mode, The Cure e
The Sisters of Mercy são muito respeitados na Alemanha.
O show
não foi tão bom como o que vi do U2 em Paris em 2001 (“Elevation Tour”
que também não passou pelo Brasil), mas foi divertido. Foi uma boa
experiência.