Mito paga mico (ok, ficou péssimo... hehehe).
Uma vez,
folheando o livro do Bill Wyman sobre os Rolling Stones, vi uma
sequência de fotos interessantes: Mick Jagger, irritado com um
fotógrafo, foi para cima do cara e se deu mal. As fotos revelavam Jagger
sendo agredido até cair no chão.
O
“ego” de Bill Wyman, baixista original dos Rolling Stones, era
“compatível” com o de Mick Jagger. Keith Richards era claro sobre isso
nas suas entrevistas.
Bill Wyman, portanto, jamais deixaria de ridicularizar o vocalista de sua banda no “seu” livro sobre os Stones.
Mick Jagger sabia da existência do livro de Bill Wyman, mas disse que
nunca viu o livro - “Bill en sort un ce jours-ci, je l'ai même pas
encore vu.” (The Rolling Stones, Rock & Folk, Janvier 2003, p. 70)
O outro “mico” de Jagger foi bem pior. Keith Richards contou a história:
“Eu tinha levado o Mick para sair e beber em Amsterdã. Voltamos lá
pelas cinco horas da manhã. Ele foi ao meu quarto. Estava bêbado e viu
que Charlie estava dormindo. Falou: ‘aquele ali é o meu baterista? Por
que você não levanta a sua bunda e vem até aqui?’ Charlie se vestiu com
um terno Savile Row, gravata, sapatos, fez a barba e desceu. Agarrou o
Mick e ‘boom!’ E falou: ‘Nunca mais me chame de seu baterista novamente.
Você é que é a porra do ‘meu’ vocalista.” (Playboy, October 1989, p.
115)*
Mick Jagger poderia ter ficado sem essa. Não houve pedidos de desculpas. Nada.
As coisas (pelo menos depois daquele momento) ficaram mais claras na banda.
© profelipe ™
(*) “I had taken Mick out for a drink in Amsterdam, so at five in the
morning, he came back to my room. He’s drunk by now. Charlie was fast
asleep. ‘Is that my drummer?’ Why don’t you get your arse down here?’
Charlie got dressed – in a Savile Row suit, tie, shoes – shaved, came
down, grabbed him and went ‘boom!’ ‘Don’t ever call me your drummer
again. You’re ‘my’ fucking singer.”