É verdade que Keith Richards traiu Brian Jones e conspirou com Mick
Jagger para os dois assumirem a liderança dos Rolling Stones.
É certo também que Keith Richards “roubou” a namorada de Brian Jones, Anita Pallenberg.
Aliás. ele gosta de lembrar esses fatos para reforçar a sua imagem de
“bad boy”. Para completar, nas entrevistas, o guitarrista dos Stones
gosta de dar apelidos femininos ao vocalista da banda e adora afirmar
que Jagger seria “a sua esposa”.
As poses e os discursos de Keith Richards, porém, não possuem uma base completamente verdadeira.
Houve uma época em que os dois parceiros (e amigos desde a
adolescência), Jagger e Richards, namoravam, respectivamente, as belas
Marianne Faithfull e Anita Pallenberg. [ver foto]
O que parecia perfeito, obviamente, ficava só na aparência.
A produção do filme “Performance” serviu para desmistificar toda a pose de Keith Richards:
“Mick foi além dos limites. Dia após dia, enquanto Keith ficava de cara
amarrada esperando em seu Roll-Royce estacionado em frente da casa de
Lowndes Square, em Londres, onde ‘Perfomance’ era filmado no segundo
semestre de 1968, Mick mantinha um caso tórrido com Anita – a melhor
amiga de Marianne Faithfull, namorada de Mick na época.” (Robert
Greenfield, Memória do Exílio, Rolling Stone, Março 2007, p. 70)
Por outro lado, Mick Jagger (apesar das várias esposas, filhos, netos e
bisnetos) viu a sua masculinidade ser colocada em debate quando a
ex-esposa de David Bowie afirmou que pegou os dois ícones do rock na
cama. De acordo com Christopher Andersen (autor do livro “Mick: The Wild
Life and Mad Genius of Jagger”):
“Em outubro de 1973, David
Bowie e sua esposa Angie estavam vivendo em Oakley Street, a poucos
passos do Cheyne Walk. Ela tinha saído da cidade por alguns dias e
quando ela voltou para casa em uma manhã, foi direto para a cozinha para
fazer um chá. (...) A empregada, que havia chegado uma hora antes,
aproximou-se da dona da casa com um olhar peculiar em seu rosto e
afirmou: ‘Alguém está na sua cama.’ (...) Angie então subiu para o seu
quarto e lentamente abriu a porta. Lá estavam eles: Mick Jagger e David
Bowie, nus na cama, dormindo. Ambos acordaram. ‘Oh, Olá’, disse Bowie,
claramente pego de surpresa, ‘Como você está?’ (…) ‘Eu estou bem,’ Angie
respondeu, perguntando em seguida: ‘você quer um café?’.”*
Após
décadas de casos, traições e conspirações, o que restou, no final, foi o
que realmente importava: a obra produzida pelos músicos. Os indivíduos
tornam-se adultos em ambientes repletos de intrigas. Isso não acontece
só no cenário do rock. Contudo, na vida cotidiana, nem todos chegam ao
final da jornada com uma relevante contribuição artística para a
sociedade.
_._._
(*)http://www.dailymail.co.uk/
“By October 1973, the Bowies were living on Oakley Street, just a
stroll from Cheyne Walk. Angie had been out of town for a few days when
she returned home one morning and went straight to the kitchen to make
some tea. (…) The Bowies’ maid, who had arrived about an hour earlier,
approached the lady of the house with a peculiar look on her face.
‘Someone,’ she told Angie, ‘is in your bed.’ (…) Angie went upstairs to
her bedroom, slowly pushed the door open, and there they were: Mick
Jagger and David Bowie, naked in bed together, sleeping. Both men woke
up with a start. ‘Oh, hello,’ said Bowie, clearly taken by surprise.
‘How are you?’ (…) ‘I’m fine,’ Angie replied. ‘Do you want some
coffee?’”